quinta-feira, agosto 11, 2005

Art Tatum, o génio do piano jazzístico moderno...

Art Tatum (1910-1956)



Art Tatum foi um dos génios máximos do piano jazzístico moderno, um solista por excelência, e um virtuoso incomparável. Nascido em Toledo, Ohio, em 1910, e quase totalmente cego desde a infância, desenvolveu uma personalidade introvertida, porém o seu talento musical sempre foi extraordinário. Tocou com pequenos grupos em clubes, tanto solando como acompanhando, até que alcançou considerável notoriedade entre o público iniciado ao formar seu próprio trio em 1943, com o contrabaixista Slam Stewart e o guitarrista Tiny Grimes (que, a partir de 1952, seria substituído por Everett Barksdale). Tatum tocou também com outros grupos (inclusive com o clarinetista Barney Bigard, o sax-alto Benny Carter, o vibrafonista Lionel Hampton e o sax-tenor Ben Webster), e principalmente como solista. Numa verdadeira maratona de estúdio, em 1953 gravou oitenta faixas solo (treze discos) para Norman Granz, o produtor do Jazz at the Philarmonic.

Considerado por muitos músicos como o maior de todos os pianistas, Tatum desenvolveu um estilo que é ousado, porém não revolucionário como o de Charlie Parker; actual, porém sem apresentar uma contínua evolução interna, como aconteceu com Coleman Hawkins e Louis Armstrong; admirado por muitos, porém sem deixar seguidores no sentido estrito do termo (nem mesmo imitadores), como ocorreu com Dizzy Gillespie, o guitarrista Charlie Christian e outros . Tudo isso se explica, talvez, pelo facto de se tratar de um estilo profundamente pessoal, que se coloca um tanto à margem das tendências estilísticas, se podemos dizer assim. Nisso Tatum foi favorecido pela sua técnica estupenda e pela memória prodigiosa, que lhe permitiam fazer facilmente o que aos outros pianistas envolvia muito esforço. Talvez o músico que mais se aproxime de Tatum no sentido de ser difícil de classificar e imitar é Thelonious Monk; porém a Monk falta o virtuosismo de Tatum, e a Tatum falta o radicalismo de Monk.

A música de Tatum é singular. Sem se afastar do repertório standard do jazz (não sentia grande inclinação para compor), Tatum tecia variações sem fim sobre esse material. O tema praticamente sumberge sob ondas de ornamentos e arpejos tocados a grande velocidade. Os críticos Richard Cook e Brian Morton acertam ao dizer que Tatum frequentemente lançava mão de um tema familiar e seguia uma fórmula, porém impondo variações infinitas. De facto, de uma interpretação para outra do mesmo tema existem diferenças subtis porém importantes de abordagem.

cumprimentos a todos!!! paz... by: Guitar Player

1 comentário:

JrJazz - Augustus disse...

hehe, Grande Art Tatum, de pensar que Ray Charles ja falou que Art tatum é um genio...hehehe
gostei de conhecer Art cara, uma ótima postagem!